Sobre mim
Sou o Luís Faria. Se tivesse de me apresentar à humanidade inteira numa só frase, talvez fosse esta: “Sou um engenheiro de sistemas que acredita que servidores, pessoas e cartas Lenormand são só três formas diferentes de ler o mesmo mistério.”
Nasci e cresci na Madeira e fiz da tecnologia a minha casa profissional — mas nunca deixei de procurar significado nas coisas que não cabem em tabelas, logs ou dashboards.
De profissão, sou engenheiro de sistemas e CIO de um grande grupo de óptica em Portugal. Há mais de duas décadas cresço dentro do mesmo universo: entre lojas, pessoas, bases de dados, redes, servidores e todas as perguntas que nascem quando uma empresa decide escalar e não quer rebentar pelo caminho.
O meu trabalho passa por desenhar a arquitetura de sistemas que mantém o negócio de pé, garantir que a informação chega onde tem de chegar com segurança e fiabilidade, e liderar equipas e projetos em ambientes que não param. Pelo caminho apaixonei-me pela cibersegurança, não só como área técnica, mas como forma de pensar: risco, defesa em profundidade, superfícies de ataque e, acima de tudo, pessoas.
Investi em formações e certificações em segurança, redes, infraestrutura e gestão de risco porque levo a sério a responsabilidade de cuidar daquilo que ninguém vê, mas de que toda a gente depende. Gosto tanto de estratégia como de “mãos na massa”: ainda aprecio o prazer de uma boa query, de um bug finalmente resolvido, de um sistema que passa de instável a fiável.
Construo ferramentas internas, automatizo tarefas, brinco com encriptação, puzzles, desafios em modo CTF, mensagens escondidas e coordenadas. Um dos meus projetos favoritos é o Lenormand Logger, uma aplicação web para registar tiragens de cartas e evolução emocional: metade ferramenta técnica, metade diário simbólico. É muito eu.
Mas há um lado de mim que não se satisfaz só com números e métricas. Por isso estudo e uso Lenormand. Não como espetáculo nem como “bola de cristal”, mas como linguagem simbólica para pensar a vida: relações, decisões, medos, coragem, ciclos que se abrem e fecham. Cada tiragem é uma conversa comigo próprio, um espelho onde vejo versões de mim que às vezes andam escondidas.
Uso as cartas para falar de amor, de amizade, de escolhas difíceis, de crescimento, de apegos e desapegos. Para perceber porque é que certas pessoas aparecem como tempestade, outras como abrigo — e porque é que às vezes a mesma pessoa é as duas coisas.
Sou, acima de tudo, alguém que pensa muito sobre tudo: responsabilidades, impacto nos outros, como liderar sem esmagar, como orientar sem controlar, como proteger sem prender. Gosto de liderar equipas com espaço para que as pessoas sejam pessoas, de pensamento crítico com empatia, de resolver problemas em vez de apenas calar sintomas e de comunicar de forma clara, seja com técnicos ou com quem só quer saber se “vai funcionar ou não”.
Tenho uma certa queda por escrever: poemas, histórias e mensagens cifradas com camadas, misturo tecnologia com emoções e memórias em textos que às vezes parecem puzzles.
Se tiveres de saber só isto de mim, fica assim: sou um engenheiro de sistemas que trata infraestruturas como organismos vivos, pessoas como universos complexos e o Lenormand como um manual poético de debugging da alma. E continuo em construção — sempre em beta, sempre a iterar.

